Os bastidores...

Los Angeles foi nossa próxima parada. Mas algo me pareceu errado, ao invés de conhecer o glamour que tanto vemos na televisão, caimos nos bastidores da cidade. O trânsito me fez entender que talvez os "Barrados no Baile" tenham chegado depois do horário e que o "SOS Malibu" realmente era um pedido de socorro. E não para por aí: o grande Oscar ocorre dentro de um teatro no shopping! Sem o tapete vermelho e a Julia Roberts acenando para os populares desfocados pelo holofote a graça não é tanta. A calçada da fama também não é lá essas coisas, apesar de alguns pezinhos famosos estarem cravados por lá, a maioria das estrelas tem seus nomes no céu de constelações apenas grafitados em letra dourada, arial, tamanho 15. Vocês podem achar rabugentisse da minha parte, mas não há nada mais desanimador do que descobrir que atrás de Hollywood há uma voz gritando: CORTA!

Que saudades do trânsito...

Calçada da fama! Uhu parte 2

E o Oscar vai para...

Calçada da fama! uhu!

Holly...amém!

Hollywood

Paparazzi

É nóis em Holywood...

Beverly Hills

See you, Universal Studio's fans

Espelho, espelho meu...

Existe algo tão grandioso como eu? O Grand Canyon nem a Branca de Neve consegue desbancar. Sua imensidão é de dar frio na barriga ao chegar perto. Contemplamos o por do sol, após boas horas de estrada naquele retão sem fim, paisagem desértica e passagem pelo começo da famosa rota 66. O frio nos pegou literalmente de calça curta, os apenas 2 graus deixaram as fotos com um sorriso congelado, nariz vermelho e a sensação de que existem mais coisas entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia.

See you, morrinho's fans.

Hoje é dia de Vegas, baby...

Dizem que o que acontece em Las Vegas fica por lá, mas como ando meio sumida vou dar uma canjinha do que vimos por lá...Entrando no avião mais parecia que estava indo rumo ao carnaval em Salvador. Grupos de amigos tagarelando animadamente, despedidas de solteiras uniformizadas com suas tiarinhas cintilantes e um piloto com mais piadas que livro do Ari Toledo. Mesmo com todo o zunzunzum é impossível não se desligar quando pela janela passa uma imensidão de canyons e desertos. E lá no meio desse nada sem fim que a cidade brilha com sua surrealidade e exageros que chegam a permear a cafonice de tão extremados que são. E quem pensa que Las Vegas é só de jogatinas, se engana. (embora tenha que confessar que muitas moedas se foram pela tarde afora enquanto a torcida pelos três setes iguais eram regados pela bebida - gratuita, diga-se de passagem - que roda os salões.) Os cassinos deixam suas portas abertas para quem quiser entrar e tão convidativos quanto as maquinetas são os shows que cada um deles abriga. Escolhemos o Cirque du Soleil para nos maravilharmos ainda mais com o mistério de Mystére. Esse foi pago, mas ao ar livre cada hotel faz sua graça e de graça. Seja com o show das águas dançantes, com vulcões em ebulição ou somente com um mar de lojas de marcas anunciando suas promoções de fim de ano...Eu me diverti muito e indico pra quem tem azar no jogo e sorte no amor (e vice-versa), pra quem quer beber e não casar (ou casar de novo), para quem quiser dar uma volta ao mundo em trinta e seis minutos (nós, por exemplo, almoçamos na torre eiffel, passeamos pela ponte do Brooklin e jantamos na praça São Marcos em Veneza), pra quem curte um boa ressaca no dia seguinte e principalmente para aqueles que desejam conhecer os encantos dessa cidade luz, onde os detalhes e as luzes coloridas cegam os olhos dos racionais e indicam tantos caminhos para aqueles que ainda conseguem enxergar com o coração...cafona? Lembrança de Vegas...

Viva Las Vegas

Queria tanto três setes iguais....

Paris...

NY...

NY e Disney?

Veneza...detalhe o céu é de mentira, isso é dentro do hotel.

Entrada do Hotel...humilde, né? 

Vulcão...

Show das águas

Cirque du Soleil...eu fui!

Almoço na torre eiffel

Jantar em Veneza

LAS VEGAS, baby!

See you Tia Cris fans (um especial "bjim" para tia Cris, grande seguidora de todas as nossas aventuras. Parabéns, tia!)...próxima parada Grand Canyon....

Travessuras ou Pegadinha...

Considerando que as abóboras ainda estão sorridentes nas varandas e que os fantasminhas camaradas não deram espaço para a decoração de Natal, me sinto dentro do prazo para falar sobre o Halloween. O carnaval americano pipocou em lojas especializadas de fantasias e os supermercados encheram suas prateleiras dos mais variados sabores de chocolate. A primeira vez que me deparei com a imensidão laranja de calorias infinitas me senti entrando na fantástica fábrica de chocolate, como se Willy Wonka fosse aparecer a qualquer momento com seus lumpas dumpas a tiracolo. Por sinal, uma boa fantasia de Halloween. Mas a imaginação não para aí, pelo menos a dos donos dessas casas abaixo que fizeram de seus jardins uma mini hollywood pra Hitchcock nenhum botar defeito.

E eu como uma boa nativa temporária, me esmerei na decoração, enchi a tigela de doces e fiquei a esperar as pequenas criaturas baterem em nossa porta. Travessura ou não, nem uma alma penada passou por aqui. Eu, a tigela, os chocolates e os pequenos paraquedistas pendurados no abajour, tivemos que nos contentar que em terra de bruxa quem tem aspirador é gari e em terra de gringo quem caiu caiu mais pareceu primeiro de abril.

See you, Bruxa Onilda fans

B.B King não é hambúrguer...

Não que eu precisasse explicar isso para a platéia que entre casacos a la naftalina, cabelos com muito spray e o melhor dos perfumes talconados, se mantinham firmes com suas varizes pedindo em alto e bom som que a lenda não atrasasse mais do que a uma hora que já estávamos a esperar. Aguardar sua chegada, tenho que confessar que deu um certo frio na barriga. De onde eu estava via os bastidores e boa parte de sua banda mandando ver uma quentinha bem generosa. Afinal, já passava das nove horas e até eu sonhava com uma bela macarronada. As luzes se apagaram e um a um, cada integrante compunha um sol do do-ré-mi. Eram muitos mas ainda não eram todos. E assim foi anunciado ele, somente ele e ninguém mais que ele: B.B Kinnngggg (leiam com voz do apresentador do UFC, tipo "it's tiimmmeee", que vocês sentirão a mesma emoção que todos naquele momento). De trás das cortinas, surgiu ele que por um momento me lembrou muito o Morgan Freeman. Com seu casaco dourado e seus seguranças o ajudando a sentar mais parecia que a família Al Capone viria jogar cartas. Mas não, quando sua Lucille foi dedilhada, houve um certo delírio. Não sei para quantos seria a primeira vez e nem para tantos outros a última. Mas naquele momento se tratava apenas do agora. Apesar de lendas serem imortais, B.B King também carrega o tempo em seus olhos. Mas para a nossa sorte, guarda o blues em sua alma. Foi um show para contar de história para os nossos netinhos...mesmo que eles talvez acreditem que a lenda seja um tal de Justin e que B.B King apenas uma rede de fast food.

See you, Quentinhas fans...

O piloto sumiu...

Apertem os cintos: a verdade que todos sabemos mas que pouco vemos está prestes a ser revelada. Já é sabido que a mão de obra por aqui é cada vez mais cara, assim diriam minhas unhas após mais uma segunda de faxina. Mas nem só de limpeza vive uma beleza americana e esse é um país em que é cada um por si e a tecnologia por todos. Querem ver como algumas coisas funcionam? Vem comigo...

Aqui os garis não sambam na avenida. E o caminhão levanta suas garras toda terça e sexta às 7:15 da manhã. ( sim, eu acordei esse horário para dividir com vcs essa invenção!)

Uma boa lição é mudar o verbo para primeira pessoa. Ao invés de: "por favor, você pode completar?" substitua por: "Eu completo!" E assim Nick encheu o tanque sem direito a lavadinha no vidro!!

E por fim, a novidade que vimos nesse último fim de semana. Normalmente os supermercados não têm empacotadores, os próprios caixas tem ao seu lado uma roleta com os saquinhos e a medida que passam pelo leitor de preço, já colocam nos sacos plásticos. Agora a novidade foi um "auto check-out", ou seja vc mesmo passa os produtos, coloca no saco e já paga. Simples assim...próximo!

Será que um dia viveremos na cidade de um homem só?

See you, Praticidade fans...

O jardim secreto...

Algum sábio disse pelo caminho que para estarmos realizados precisamos escrever um livro, ter um filho e plantar um jardim HIDROPONICO! Bom, talvez não tenham sido exatamente essas as palavras, mas antes da biografia e da bacurizada resolvemos que essa seria a nossa próxima aventura. Tenho que confessar que após passarmos por casas de jardinagem, construção e ainda estarmos plantados em um pet shop, fez com que o meu humor não ficasse dos melhores. E Nicolas teve que escolher o material necessário em tempo recorde, antes que a fome virasse fúria. No dia seguinte, com uma áurea mais adequada finalizamos as compras com uma linda fita xadrez que cobriria mais tarde a nossa plantação. Papel e caneta nas mãos? Aqui vai a receita:
- recipiente de plástico com tampa
- vaso vazado
- tesoura
- pedras de argila
- bomba de aquário
- mudas a escolha do freguês
- "comidinha" para as plantinhas e
Água, muita água...

O seu jardim ficará assim:

Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser seme

Não ficou bonito?!

E as raízes cresceram...

Após duas semanas, as raízes cresceram e apesar de todo o amor e carinho, antes do fechamento dessa matéria nossas plantinhas pegaram um fungo e morreram. Para aqueles que torciam que início de nossas aventuras se desse com os filhos, podem respirar aliviados...o sábio sabe o que faz, por isso não colocou uma ordem nos fatores. 

See you, Mestre dos Magos fans...

Yes, nós temos bananas...

Apesar do Obama e da Michelle não nos terem convidado para um cafezinho, Washington D.C nos recebeu de coração aberto entre suas amplas ruas e seu céu de brigadeiro. A cidade é plana, o que é ideal para conhecer do arroio ao chuí, ou melhor dizendo do capitólio ao memorial do Lincoln, na sua imponência imperial romana. O monumento de Washington, que eu mais achei com cara de obelisco, divide esses dois extremos e os seus mais diversos museus estão com as portas abertas para os sedentos de arte, história ou só mesmo de um bom ar condicionado. Apesar de tantos elogios, tive uma grande decepção. Queria tanto ver o laguinho que Forest Gump e sua amada se encontraram em pleno discurso do mesmo, lá pela metade do filme. Mas até a Casa Branca tem problema de infiltração em seu quintal. E o famoso laguinho era só lama. A noite o burburinho ficou por conta do badalado bairro de George Town, onde finalizamos o dia com uma "bella pizza" italiana, daquelas que nada nos lembraram as tão pedidas por aqui, pizzas hut. No caminho, o nosso motorista, um queniano (ok, ele não era queniano, mas alguém sabe como fala quem nasce na Etiopia?) nos deu uma aula de futebol brasileiro passando por Pelé, Sócrates (o doctor), Ronaldo ( que segundo ele está cada dia mais fat) até chegar nos talentosos pés do menino Neymar. Seu maior sonho? Estar na copa de 2014. Aumentamos a caixinha, afinal no país onde o sonho americano é ganha pão de tanto estrangeiro, temos que colaborar com um sonho verde e amarelo. E quem sabe com mais alguns "cents" nosso amigo consiga gritar conosco aquele gol preso na garganta... Assim acredito eu... e o Obama no seu sempre bordão: "Yes, we can!"

Querem ver um pouquinho do que eu falei? Vem comigo...

Nem um cafezinho?

Do Capitólio

ao Chuí...

Imponente, concordam?

No meio do caminho tinha um obelisco...

Cade o lago?

Ahhhh...o lago...

Só engenheiro para entender...

Seu Eisntein, não entendi nadinha dessa sua equação...

Pausa para o cafezinho...mesmo não sendo na Casa Branca

See you, Forest Gump fans...