Considerando que as abóboras ainda estão sorridentes nas varandas e que os fantasminhas camaradas não deram espaço para a decoração de Natal, me sinto dentro do prazo para falar sobre o Halloween. O carnaval americano pipocou em lojas especializadas de fantasias e os supermercados encheram suas prateleiras dos mais variados sabores de chocolate. A primeira vez que me deparei com a imensidão laranja de calorias infinitas me senti entrando na fantástica fábrica de chocolate, como se Willy Wonka fosse aparecer a qualquer momento com seus lumpas dumpas a tiracolo. Por sinal, uma boa fantasia de Halloween. Mas a imaginação não para aí, pelo menos a dos donos dessas casas abaixo que fizeram de seus jardins uma mini hollywood pra Hitchcock nenhum botar defeito.
E eu como uma boa nativa temporária, me esmerei na decoração, enchi a tigela de doces e fiquei a esperar as pequenas criaturas baterem em nossa porta. Travessura ou não, nem uma alma penada passou por aqui. Eu, a tigela, os chocolates e os pequenos paraquedistas pendurados no abajour, tivemos que nos contentar que em terra de bruxa quem tem aspirador é gari e em terra de gringo quem caiu caiu mais pareceu primeiro de abril.
See you, Bruxa Onilda fans
Você não vai acreditar, eu que moro em Goiânia, na terra dos sertanejos e da devoção a Santa Trindade... não enchi tigela de doces, nem enfeitei o abajur da sala com lindas bruxinhas... Um bando de crianças do prédio fantasiadas de vampiros, bruxinhas e caveiras bateram na minha porta... e eu ouvi aquela pergunta: Doces ou travessuras? E agora se eu responder travessuras o que será que eles vão fazer? Confesso que fiquei tentada a dizer travessuras, devia ter dito, pois fiquei na maior curiosidade depois. Mas no final arrumei uns pirulitos que tinha ganhado em um aniversário de aluno para dar ao Vitor Hugo. Mas no ano que vem... Quero travessuras! Bjim! Tia Cris
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