Tuesday, June 7, 2011

Calos, Colas e Calor....

Certamente Frank Sinatra foi mais poético, mas não menos apaixonado por NY do que os meus também sapatos vagabundos que queriam passear. Sair dos lençóis de Lake Jackson, onde as luzes se apagam por volta das nove da noite e cair na Times Square quando o relógio vai virar um novo dia, foi se não metrópole na veia, pelo menos um respiro de caos.
A nossa chegada foi coroada por um motorista brasileiro, Giorgio para os americanos, e Jorge para nós de camisa verde e amarela. Pude ver a cidade do lado de cá da ponte, toda acessa, como se suas torres abraçassem os pintinhos menores, protegendo da chuva de estrelas o concreto e tijolo.
O dia raiou com um calor de 30oC, e já estávamos nós munidos de mapa, água e calcanhar. Demos de nariz na porta naquela que sempre está aberta para todos os países, a ONU. Sábado é dia de acordar mais tarde, pelo menos para os seguranças de lá. Havia apenas mastros sem bandeiras e foi assim que fizemos: imagina esses mastros com as bandeirinhas de cada país tremulando sob o sol de junho. Imaginou? Ótimo, então pernas pra que te quero porque o tempo é curto e a viagem longa.
As próximas paradas foram, não respectivamente, 5a avenida, Broadway, a igreja de San Patrick e o MoMA. Esse último um deleite contemporâneo para quem é sedento por arte. Para mim, pareceu uma bienal, com seus pontos perdidos na parede, que de alguma forma significava uma vírgula que pausou o trabalho do artista norueguês. Cuidado para não querer tocar alguma cadeira de plástico empilhada numa montueira de bancos. Você pode não ser muito bem interpretado por aqueles que vigiam o lugar. E depois que aprendeu a lição, Nicolinhas só andou com a mão para trás.

Vista do 1o andar - MoMa

Alguém perdeu a cabeça por aqui....

Minha contribuição "a la Monet" - foto lago das moedinhas 
São tantas lojas, uma arquitetura que te engole em cada beco, pessoas e pessoas em todas as direções que é até difícil saber para onde olhar. Mesmo estando cercada pelos melhores estilistas do mundo, a minha diversão foi mesmo na loja dos MM's!



As pernas davam sinais que desistiriam do corpo e seguiriam sozinhas. O sol estava a pino, a fome apertou, e no Chelsea Market fomos parar. Um lugar super gostoso, um mercado com diversas opções para todos os gostos. Escolhemos, atraídos por uma mesa com duas cadeiras, um restaurante orgânico. E lá passamos a próxima hora, sem nos preocupar com o relógio. Fantastic! E ainda pude dar um pulinho na Anthtropologie, uma lojinha bacana de tudo um pouco. Já que estávamos por lá, finalizamos nossa tarde passando pelo World Trade Center, que hoje já está com uma nova rede de prédios em contrução, procurando o boi pela Wall Stree (esse eu não achei de jeito nenhum) e finalizando o dia contemplando a ponto do Brooklyn.







Doía cada dedinho, parecia que tinham passado com o rolo compressor em cima de nós. Mas nada iria nos fazer diminuir o ritmo, pq quem cedo madruga Deus ajuda. Opa, perdemos a hora e agora? Calma, hoje é domingo e vamos em frente que atrás vem gente. Primeira parada, central park. (claro que não antes de passar pela famosa loja da Apple e apreciar mais algumas vitrines). Foi um respiro começar o dia tomando café no pulmão da cidade. Escutando jazz, vendo esquilos e com mais um belo dia brilhando para nós.




Quando eu achei que não era mais possível andar muito, entramos no Metropolitan. Garanti umas 10 viagens ali dentro. Fomos dos quartos dos castelo franceses, para os cavaleiros medievais, não sem antes passar para um chá nas tumbas dos faraós e suas pirâmides, com direito a um momento de silêncio nos templos budistas e finalizando pelos mais famosos quadros da história. Ufa, se já foi difícil lembrar alguns do que passamos, imagine andar por todos eles. Ainda bem que tínhamos devorado um famoso cachorro-quente de NY para aguentar a maratona.




Assim que saímos do museu, o sol estava ainda mais quente. Achamos melhor ir almoçar para recarregar as baterias. O local escolhido foi o Eataly, famoso por sua comida italiana. O lugar estava abarrotado, mas nos acomodamos no balcão e o jeito foi ir de um peixinho, a única coisa que não demorava 45 minutos até ser atendido. O lugar é um passeio a parte e com certeza valeu pelo sorvete artesanal que tomamos na saída com vista para o Maddison Garden.



Assim como o tempo voa, nossos dois dias passaram mais rápido que areia em ampulheta. Já era mais um fim da tarde, com direito a por do sol no caminho da Times Square.







Será que tinha muita gente por lá?

       



E quase assim acabou nosso dia. Mas para minha surpresa, o destino ainda reservava uma porção de pão de queijo, guaraná e o zacarias preparando um filé oswaldo aranha para a mesa 5. No coração de Nova York tem a rua Brazil. E no coração de uma Brasileira ficaram marcadas as ruas de Nova York.

See you, Maratonista's fans.


1 comment:

  1. Oi Dani Oi Nick! Adoro ler o que vc escreve, me senti lá, viajando com vcs. Que delícia! Mas não posso deixar de fazer dois comentários: Primeiro que a sua foto do lago das moedinhas ficou muito mais bonita que as outras "obras de arte" que vc mostrou. Essa eu compraria. Rsss Segundo que o Nick no meio da multidão na Times Square, me fez lembrar Onde está o Wally. Lembra Dani? Só faltou a camiseta listrada e o gorrinho. Bjinhos Fiquem com Deus Tia Cris

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